Prólogo A Ascensão de Seth!

Olá, queridos leitores! Em comemoração ao dia nacional do escritor (e pra tentar dar uma aliviada na demora) decidi postar o prólogo do livro 2 da trilogia O medalhão de Ísis! (Ainda sem a revisão final). Peço um pouco mais de paciência a todos que têm me perguntado sobre a continuação, em breve teremos ótimas novidades! Espero que gostem do prólogo e fiquem de olho na página que postaremos mais spoilers dos livros da trilogia!

Grande abraço, Carol.

10702110_280565518800082_4613354231856219910_n

PRÓLOGO

Ousar erguer o braço contra ele, seria como levantar o braço contra o homem de um milhão de côvados que se erguem sobre os trinta cumes do país de Kuch. O deus cujas pupilas são vermelhas, injetadas de sangue, cujo olhar reduz a cinzas o inimigo e,

tem cabeça de animal.”

— Texto egípcio encontrado sobre Seth.

 

A ascensão de Seth

prólogo

            Uma feluca estava parada às margens do Nilo. Uma parte da embarcação estava destruída, pois sua única tripulante não soube manobrá-la corretamente através da correnteza do grande rio.

Ajala deixou seu grupo por um momento e seguiu com um balde na cabeça até as águas. Ela estava viajando há meses com uma caravana e jamais imaginara encontrar o que estava prestes a ver. Quando levou o balde até o rio para enchê-lo, percebeu que havia alguém dentro do que restara de uma embarcação egípcia. Curiosa, ela se esticou para verificar. Era uma jovem com vestes finas. Os olhos castanhos da mulher se arregalaram, não sabia se a jovem na feluca estava morta, então gritou para seu grupo. Alguns homens correram em sua direção e entraram no rio para conferir se a menina em questão estava viva. Assim que a tocaram, um par de olhos verdes vívidos se abriu.

Ao despertar, Ahlam fitou vários homens falando ao seu redor, mas não os compreendeu, pois eles não falavam árabe ou qualquer outro idioma que aprendera em seu reino. Perdida em meio a um aroma forte de canela e demais especiarias usadas para acordá-la, a princesa se desesperou quando lembrou de todos os objetos deixados por Faris. Ahlam se ergueu e agarrou a preciosa bolsa firmemente, mesmo sentindo um mal estar causado pelo sol que pegara por horas em meio ao Nilo.

Uma mulher segurando um balde prateado andou até ela e Ahlam pôde compreender as palavras “não faremos mal” em um árabe mal falado. A jovem herdeira de Nifah tentou se afastar, ela precisava proteger as peças do Medalhão de Ísis, porém a dor e cansaço a venceram. Quando deu os primeiros passos para fugir, Ahlam sentiu sua visão ficar turva e desmaiou, deixando para trás todos os itens divinos espalhados no chão da feluca.

Os Guardiões de Aldore

Boa noite, gente! Semanas atrás o primeiro livro da saga Os Guardiões de Aldore, foi lançado na Amazon e para minha surpresa, ficou nos primeiros lugares nas categorias de fantasia que está classificado, por vários dias! Só tenho a agradecera todos os leitores e novos leitores que apostaram na leitura!

Com isso várias pessoas me mandaram mensagens pela página e pelo e-mail perguntando dos demais livros da saga e se já estavam prontos! Ao todo são 4 livros:

1 – Os Guardiões de Aldore

2 – As Luzes de Aldore

3 – As Chamas de Aldore

4 – A Última Canção de Aldore

 

saga

O segundo, As luzes de Aldore, já está pronto e encontra-se em revisão! Estará sendo liberado por volta de julho-Agosto e o 3º livro já está sendo escrito!

Espero que continuem acompanhando a Jornada da Duda pelas terras aldoreanas e desvendando os mistérios que ainda estão para aparecer a respeito dos portais e de sua família!

Abraço,

C. S. Camargo

 

Terminei meu livro e agora? Registre sua Obra!

desesperado

Boa noite, gente!

Hoje vim falar um pouco sobre o processo de registro da obra, já que muitos leitores têm me questionado sobre o processo.

O registro da obra é como a certidão de nascimento do seu texto, logo, super importante para o autor poder se proteger de possíveis plágios. Além disso, o registro é um dos pré- requisitos exigidos por muitas editoras para avaliarem o original.

O processo é super fácil e relativamente barato.

Primeiramente aconselho fazer uma revisão bem feita no texto (que já deve estar finalizado), após isso, é só acessar o site da Biblioteca Nacional e ir em Escritório de Direitos autorais. (Veja abaixo)bn

Depois, baixe o formulário de requerimento de registro ou averbação e preencha com todos os dados da sua obra e do autor. Não esqueça de nada e revise quantas vezes for preciso. Lembrando que se o autor for menor de idade, o formulário deverá ser preenchido por um responsável.

Com o formulário concluído, imprima o boleto (o valor do primeiro registro é R$20,00) e pode ser pago em qualquer agência do Banco do Brasil.

Feito isso o autor precisará organizar alguns documentos para o envio do original à Biblioteca Nacional:

– O formulário de requerimento de registro ou averbação preenchido e assinado nos campos pertinentes.

– Cópia do RG E CPF/CIC;

– Cópia do comprovante de residência do autor;

– O comprovante ORIGINAL de pagamento do Banco do Brasil (aconselho tirar uma cópia para você antes de enviar o original, só por segurança);

– Cópia da obra completa.

Há também alguns cuidados com a obra a ser enviada. Além da revisão que citei acima, o livro deve estar numerado e o autor deve rubricar em todas as páginas.

OBS: Você pode imprimir frente e verso, não há a necessidade de imprimir só em um lado e encadernar, de preferência não grampeie.

Com todo o material pronto, você deve enviá-lo para (quem mora no RJ pode entregar em mãos):

Escritório de Direitos Autorais (FBN)

Rua da Imprensa, nº. 16, 12º andar,Castelo,

Rio de Janeiro/RJ

CEP:20030-120.

A carta deve ser enviada por SEDEX ou Carta Registrada, para que você receba um aviso quando a BN tiver em mãos sua obra.

Não se desespere, pois o processo demora, mas vale a pena. Em torno de 90 dias depois você receberá o registro da sua obra e caso (espero que não) ocorra qualquer problema no futuro com seu texto, você tem como comprovar a sua autenticidade. Você pode verificar sua obra no acervo da Biblioteca Nacional com o número de registro.  Além disso, é uma alegria ter o documento do texto que levou tempo, criatividade e dedicação, em mãos.

Espero ter ajudado!
Abraço

Lapis Lazuli – A cor dos olhos do guerreiro Faris

 

IMG_99532168225042

Aquele com os olhos da cor dos céus e fúria dos mares.

O medalhão de Ísis, página 323

 

Lápis Lazúli, a cor dos olhos do guerreiro Faris.

Conhecido também como lápis azul, é uma rocha metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha ornamental desde antes de 7000 a.C. em Mehrgarh, na Índia, situado nos dias de hoje no Paquistão. A sua cor, azul-escuro e opaca, fez com que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros recuperados dos túmulos faraônicos. É ainda extremamente popular hoje. Trata-se de uma rocha, e não de um mineral, já que é composto por vários minerais.

lapis-lazuli-roughNo antigo Egito, o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos selos cilíndricos (locais onde se gravavam pinturas contando a história do povo). As escavações egípcias que datam de 3000 a.C. continham milhares de artigos como joia, muitos feitos de lápis lazuli.  Para eles o lápis-lazúli simbolizava a água como elemento primordial da criação e era colocado juntamente com as múmias para substituir o coração e fazer a regeneração no outro mundo. É preciso lembrar que os egípcios davam grande valor à vida no além e acreditavam que precisariam do seu corpo para viverem neste mundo, razão pela q10352933_1482606008672181_8272482800330982953_nual os corpos eram mumificados e sepultados com todo o tipo de artefatos que pudessem ser necessários na sua vida depois da morte.  O Lápis Lazúli era colocado nos olhos dos faraós quando eles morriam para que eles pudessem ver as portas de entrada para a outra vida. Os egípcios trituravam esta pedra para obter um pigmento que usavam para decorar as vestes sacerdotais e os Templos. Para além disso era considerado um poderoso amuleto e o seu pó utilizado como cosmético pelas mulheres como sombra para os olhos. O lápis-lazúli era consagrado à deusa Ísis e os sacerdotes acreditavam que através de um processo de meditação com esta rocha era possível entrar em contacto com os deuses. 

.

Sobre publicação e marcadores de O Medalhão de Ísis

cropped-970498_10203628565663804_4493337180297654025_n2.jpg
Tenho recebido muitos pedidos e perguntas sobre a publicação do livro físico de O Medalhão de Ísis e como havia comunicado, o primeiro livro da trilogia seria publicado pela Amazon ou Clube de autores de forma independente e vendido nas lojas e sites que costumam vender livros.  No entanto, foi preciso tomar certas providências para que a trilogia seja melhor reconhecida e por isso achei que deveria comunicar a todos os leitores, que são tão queridos e atenciosos com o livro, que a publicação independente que seria feita no final deste mês será adiada. Mas será adiada por bons motivos! O original de O medalhão de Ísis foi encaminhado para algumas editoras e está sendo analisado. Por isso é necessário esperar alguns meses pela resposta desta análise ANTES de partirmos para uma publicação independente. Vamos torcer para que o livro seja aceito por alguma editora e assim possamos vê-lo nas livrarias! CASO não dê certo, aí sim será feito através da Amazon. Conto com a compreensão de todos os leitores neste momento e novamente agradeço pelo apoio que têm dado ao projeto desde o seu nascimento em 2010!

Preciso agradece10708624_292824187574215_2369855609415834397_or à leitora Ana que foi queridíssima e me deu de presente 1000 marcadores de ambas as séries que escrevo! Um sorteio já foi realizado e até o final do ano iremos realizar outro para que os leitores possam concorrer aos marcadores!
Abraço a todos!
Carol.

O que esperar de A Ascensão de Seth – segundo livro da trilogia

Conforme os leitores estão terminando a leitura do primeiro livro da trilogia – O Medalhão de Ísis, tenho recebido diversas perguntas sobre a sequência. Por isso, decidi falar um pouco sobre o segundo livro da aventura de Faris e Ahlam.

A continuação da trilogia se chamará A Ascensão de Seth e ainda está sendo escrito. Espero poder disponibilizar até o final do ano, juntamente com a versão física de O Medalhão de Ísis. Deixo o aviso que a partir daqui pode conter spoilers do 1º livro.

cropped-arabian_princess_2_by_aelthwyn.jpgComeçando pelo final do Medalhão. Muitos vêm me dizer que choraram e até se revoltaram com a cena do capítulo que envolve a família de Ahlam. Esse fato é de grande importância para a continuação. Ahlam precisava de um estímulo, um combustível que a mantivesse forte e decidida em sua missão. Na Ascensão de Seth a princesa vai fazer muitas descobertas sobre seu destino e sua família. Muitas das informações sobre sua mãe e como Ahlam nasceu e cresceu vão aparecer e fazem parte do motivo da princesa ter entrado nessa jornada. Inclusive, a sultana terá mais participação na história.

eye_of_horus_by_bfgsm1-d4k6z77.pngO Núcleo do reino de Faris terá um foco maior nesse livro. Aparecerá muito do reino e do rei Lahssam que tem planos para o medalhão e seu guerreiro. Novos personagens vão aparecer e muito dos mitos árabes estarão presentes, especialmente os ritos egípcios de passagem para a outra vida.

A vida do djinn Samir será contada, assim como ele foi amaldiçoado como um gênio. Pessoas do passado de Samir estarão presentes e irão encontrá-lo. Já sobre Faris, ele vai fazer novas descobertas e será assombrado e ajudado por novos deuses e a visão que teve ao enfrentar o anjo de Bahamut no livro anterior. Ele terá uma relação mais próxima com Hórus, que o guiará em vários momentos decisivos do enredo.
Por enquanto é tudo o que posso adiantar sobre A Ascensão de Seth, espero que todos continuem acompanhando a trilogia!

Criaturas de O Medalhão de Ísis: O Bahamut

Bahamut_by_Finward_ErendashNo capítulo 16 de O Medalhão de Ísis, o trio formado pela princesa Ahlam, o guerreiro egípcio Faris e o djinn Samir, se depara com uma criatura peculiar da crença árabe pagã. O Bahamut.

 

Ahlam acabou adormecendo e quando despertou havia passado em torno de meia hora, ela percebeu então que havia dormido com a mão onde estava preso o colar para fora da embarcação. Assustada por poder perder o precioso presente, ela apertou as voltas da joia mais fortemente em seu pulso e foi quando algo no fundo do mar, próximo aos corais, chamou sua atenção. Um brilho dourado em meio de uma grande sombra estava ficando cada vez mais próximo da sua localização. Apertando os olhos para tentar ver melhor, a princesa se apavorou quando percebeu uma grande forma subindo em direção à superfície.

— Faris! — Ela gritou.

           O guerreiro e o djinn estavam dando os primeiros passos até a princesa quando um peixe gigantesco com diversas criaturas nas suas costas saiu de dentro do mar fazendo o pequeno barco balançar violentamente.

— Bahamut! — Samir gritou, porém suas palavras foram abafadas pelo grito ensurdecedor do animal.

— Maldição! — Foi tudo o que Faris conseguiu dizer antes de cair nas águas claras que o separavam da terra natal de sua mãe.

                                                                          – O MEDALHÃO DE ÍSIS, cap. 16.
 
Bahamut, originalmente, provem de uma criatura aquática da Mitologia árabe. Sua figura sofreu enormes e complexos processos de modernização com o tempo, por isso atualmente “Bahamut” é algo completamente diferente.
 
O7885710_f260riginalmente foi um peixe gigantesco que residia em um mar imenso. Sobre seu lombo suportava o peso de um touro enorme que recebia o nome de Kujata, que se dizia ter quatrocentos olhos, quatrocentos narizes, quatrocentas bocas, quatrocentas línguas, quatrocentos ouvidos e quatrocentas patas; uma grande quantidade de apêndices entre cada uma das quais há uma distância de quinhentos anos de viagem, o que dá uma ideia abstrata do tamanho da criatura, abstrata igualmente. Kujata suporta sobre seu lombo, por sua vez, um rubi sobre o qual repousa um anjo, quem, por sua vez, suporta os sete infernos, que suportam a Terra onde por sua vez sobre ela, se encontram os sete Céus. Hoje em dia, no entanto, Bahamut é reinterpretado como o rei dos dragões.
 
Em O medalhão de ísis, a criatura mitológica foi adaptada para o enredo. Por um descuido da princesa ao atravessar o Mar Vermelho, a personagem é surpreendida por bahamut, kujata e o anjo que leva em seu peito esferas que carregam os infernos e céus.
 

As 1001 noites e O Medalhão de Ísis

Com os novos leitores de O Medalhão de Ísis, tenho recebido muitos elogios, teorias, algumas perguntas e até algumas comparações com outras sagas. Dentre elas as “De onde veio a inspiração?” e “Me lembrou a maldição do tigre? Você se inspirou nessa saga?” têm sido frequentes.

Para esclarecer essas dúvidas, decidi escrever esse post e mostrar mais um pouco de como foi criar o universo em que a minha trilogia árabe acontece.

genio

A trilogia O Medalhão de Ísis tem como base o livro As 1001 noites, uma das mais famosas obras da literatura árabe. Consiste em uma coleção de contos escritos entre os séculos XIII e XVI.   A trama principal conta a história de um rei que após ser traído por sua esposa decidiu matá-la e a partir de então, com medo de ser traído novamente, passou a matar cada uma das novas esposas na manhã seguinte ao casamento. Entre as diversas moças mortas estava Sherazade, que muito esperta, contou uma história ao rei e deixou para finalizá-la na manhã seguinte. Curioso, o rei deixou-a viver por mais um dia, para que pudesse descobrir o final da história. Porém, Sherazade levou seu plano adiante, levando 1001 noites contanto histórias para assim salvar sua vida. O que aconteceu, pois no final o rei acaba apaixonado por ela e decide não mandá-la à morte.
Djinn_by_Ferrarinka A obra As mil e uma noites foi conhecida no ocidente em meados de 1704, desde então o livro passou por muitas adaptações, inclusive teve as cenas mais “quentes” excluídas e modificadas, deixando o contexto original e mais sexual de lado.  O Medalhão de Ísis foi inspirado nesses contos. Com as antigas lendas árabes com gênios bons e maus, reis mesquinhos e princesas. O conflito entre os gênios e demais criaturas que aparecem no primeiro livro foram criados a partir do universo desta coleção. Outro ponto a ser lembrado, a sexualidade na trilogia existe pelo fato das antigas histórias e contos presentes nas mil e uma noites serem recheados de erotismo e isso faz parte da literatura árabe.

O gênio Samir foi inspirado nas histórias dos djinns gananciosos e que usavam de artimanhas para enganar e até mesmo se vingar dos mortais e Faris, o personagem principal, nos guerreiros que conquistavam território a mando de seus reis.

Este foi o primeiro post de uma série que irei apresentar sobre as criaturas e demais mitos do universo árabe que têm relação com o Medalhão de Ísis! Espero que gostem!

 

A deusa Ísis

Ísis (em egípcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da  natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores e artesãos oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.

Continuar lendo